NOS EPISÓDIOS ANTERIORES!
Demétria ameaça a Srta. Jones se ela continuasse saindo com o pai dela, Tim beija Mary!
Manhã de domingo, o Sr. Harris acordou
cedo, bateu na porta do quarto de Mary, despertando-a.
-Filha! Acorda, sairemos em uma hora! - ele
foi em frente até chegar ao quarto de Demétria, a porta não estava trancada,
apenas encostada, abriu um pouco mais e viu que Demétria não estava lá. Desceu
as escadas, passou pela cozinha e saiu para o quintal pela porta dos fundos. A
casa nova tinha um quarto que ficava no quintal, todas as lembranças da Sra.
Harris haviam sido guardadas lá.
Esse foi o primeiro lugar a pensar que
Demétria poderia estar depois de ver que não estava no quarto dela. Abriu a
porta e viu Demétria sentada em um canto com um quadro de toda a família
reunida, logo a garota percebeu que seu pai havia entrado, enxugou as lágrimas
e o olhou fixamente.
-O que você faz ai! Vai se arrumar querida! -
ele estava saindo quando ela falou, fazendo com que ele voltasse para ela.
-Você já se esqueceu dela? Como pode?
-Eu nunca vou esquecer sua mãe! Nunca!
-Então porque faz parecer pronto para
esquecê-la de vez! - enquanto se levantava.
-De onde você tirou isso?
-Sabe! Me dê um tempo pai! - saiu do
quartinho, e andando.
-Vai logo se arrumar!
-Eu vou nesse churrasco! Mas, não prometo me
comportar!
A casa dos pais da Srta. Harris tinha aquele
estilo casa de filme de terror. A casa era no meio do nada, havia também um
lago perto. Conforme o carro se aproximava era possível avistar uma fila enorme
de carros que parecia não acabar, Demétria estava ouvindo suas músicas no
último volume. Quando pararam, desceu do carro e disse:
-Oh Mary! - esperou que a irmã a olhasse para
continuar a falar.
-O que foi?
-Cuidado que o “Jason” pode pegar você!
Todos entraram e viram mais de cinquenta
pessoas, porém, Mary se surpreendeu mesmo quando viu Tim, (mas o que ele está
fazendo aqui?) pensava enquanto se dirigia até o rapaz.
-Tim? O que você faz aqui?
-Ai meu Deus! O que você esta fazendo aqui?
-Eu perguntei primeiro?
E riram juntos da coincidência.
-Eu sou o sobrinho da sua futura madrasta!
-Jura? Legal! Então, em breve, vamos ser da
mesma família!
-É o que parece! Não é?
-É! Ué Tim! A Nicolle não veio?
-Pra falar a verdade! Eu nem chamei ela!
(Melhor pra mim, aquele ser primitivo
não veio)
- Ah Mary, você tem um tempinho? Quero que
veja uma coisa! Vem comigo, me acompanhe, por favor.
-Com todo prazer!
Mary não podia acreditar que estava sozinha,
caminhando à beira de um lago junto com Timothy Morrison. Só podia estar
sonhando.
Enquanto Mary sonhava, Demétria estava quase
para bater em alguém. Das cinquenta pessoas, mais ou menos dezessete eram
crianças.
-Como você se chama?
Demétria começou a contar até cinco, antes que
sua paciência acabasse.
-Você gosta de Matemática?
-5
-E de Bob Esponja, você gosta?
-4
-Eu me chamo Channel Dior!
-3
-Eu me chamo Fernando!
-2
-Quer casar comigo?
-1
A paciência de Demétria acabou e a
garota explodiu em alta voz, para quem quisesse ouvir:
-Qual é a de vocês! Vocês por acaso são
retardados? Fala sério! Matemática? O bob esponja morreu! Channel Dior? Não
tinha um nome mais feio? E não casaria com você nem se estivesse drogada! E
sabe de mais uma coisa, EU ODEIO TODOS VOCÊS! - saiu do meio daquelas crianças
e foi à procura de seu pai.
Demétria estava farta daquele lugar. Estava
cheia daquela gente, na maioria, completos desconhecidos, pediria desculpas ao
seu pai, tudo iria voltar ao normal. Quando finalmente o encontrou, antes que
pudesse dizer qualquer coisa, pôde presenciar novamente uma cena chocante, seu
pai abraçando e dando um longo beijo na Srta. Jones, em vez de começar a
gritar, pensou melhor e começou a arquitetar uma doce e bela armação para
separar o casal.
-Você traz todas as meninas que você conhece
aqui? - Mary perguntou enquanto olhava as prateleiras cheias daqueles bonecos
de super-heróis, nem podia imaginar que estava no “cantinho” de Tim.
-Na verdade, você é a primeira garota que
trago aqui!
-Sabe! Estava pensando, será que você gostaria
de fazer uma noite de DVDs, pipoca e refrigerante lá na minha casa? Tipo
“sessão pipoca”.
-Claro! Que topo!
Mary estava vivendo seu momento perfeito e sabia que Nicolle não
apareceria para estragar tudo.
A doce armação de Demétria estava para
começar. Parou e olhou debaixo da mesa que a Srta. Jones e seu pai deveriam se
sentar, abaixou-se e tirou um canivete do bolso e cerrou umas das pernas da
mesa. Havia se lembrado também de uma aula na qual Srta. Jones mencionara que
era alérgica a amendoim. Então, pegou o pote de amendoim de cima da mesa de
aperitivos e os amassou com o cabo de um garfo até que ficassem completamente
moídos, depois colocou dentro do pote de farofa que estava na mesa principal
daquele churrasco horroroso, naquela casa horrorosa daquela mulher horrorosa
que ela odiava tanto. Escondeu-se atrás de uma árvore e esperou.
A Srta. Jones conduzia seu pai até a mesa,
quando se sentaram, a moça, delicadamente, apoiou o cotovelo sobre a mesa, o pé
cedeu e a mesa tombou, a jarra de suco que estava em cima voou direto para a
cara dela. Todos começaram a olhar aquela cena grotesca, o pai de Demétria
pegou um guardanapo e, gentilmente, começou enxugar o rosto da amada. A moça,
envergonhada foi até seu antigo quarto e trocou a roupa encharcada, lavou o
rosto, refez a maquiagem e voltou para encontrar aquele homem tão delicado.
Ao vê-la, o Sr. Jones não acreditou,
estava ainda mais linda que antes.
O casal se dirigiu a outra mesa.
Já estava na hora do almoço, todos faziam seus pratos, inclusive o
casal.
Até que o Sr. Harris olhou para o rosto dela,
se surpreendeu e disse: - Ah não? Querida, você está bem?
-Sim, por quê? O que aconteceu? - ao dizer
isso já dava para perceber que sua voz estava mudando.
O rosto dela começou a inchar, parecia um pão,
o pai de Demétria olhou para o lado e percebeu a malvada encostada na árvore
dando várias gargalhadas.
Devido a alergia, a moça teve que ir
rapidamente para o hospital onde seria medicada adequadamente para que o
processo alérgico não se agravasse. Graças a Deus, tudo terminou bem. Mas, para
Demétria nada estava bem.
Mary curtia o clima que estava rolando em
companhia daquele gato tão desejado, até ouvir seu pai:
-Filha! Vamos embora!
Ela ficou muito brava, Nicolle não estava lá
para estragar o clima, mas sua irmã estava.
-Bom, acho que já vou! Tchau!
-Tchau, até amanhã! Não vai esquecer o nosso
compromisso heim! - ela sorriu.
-Nem você!
(YES! Uma noite sozinha com Timothy Morrison!
Era mesmo um sonho?) Não, estava mesmo acontecendo.
CONTINUA!
No próximo episódio:
Será mesmo que o momento perfeito vai rolar?